Presidente da Casa pediu votos publicamente a deputados do PMDB; até então, ele articulava apenas nos bastidores apoio para a eleição, marcada para quinta-feira (2).
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu nesta terça-feira (31) que disputará a reeleição e disse que oficializará a sua candidatura nesta quarta-feira (1º). Ele pediu votos publicamente a deputados do PMDB durante uma reunião da bancada peemedebista.
A eleição está marcada para esta uinta (2), mas, até então, Maia vinha conduzindo uma espécie de campanha informal
atrás de votos apenas nos bastidores, sem se declarar candidato. Ele
ainda não registrou a candidatura oficialmente por conta de questionamentos na Justiça de adversários dele.
Os deputados que concorrem ao pleito argumentam que a reeleição na
mesma legislatura é vedada (a atual termina em fevereiro de 2019). Maia,
porém, alega que foi eleito em julho do ano passado para um
"mandato-tampão" a fim de completar o mandato do deputado cassado
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao posto.
Assim como seu principal rival na disputa, Jovair Arantes (PTB-GO),
Maia foi convidado para fazer um discurso aos peemedebistas, que se
reuniram para definir quem irão apoiar.
Em sua breve fala, fez um balanço dos meses à frente da Câmara e
afirmou que estava construindo uma candidatura na base do diálogo e
concluiu: "Estou pedindo a cada um de vocês a reflexão, o voto".
Ao deixar a reunião com o PMDB, Maia foi questionado por jornalistas se
a sua candidatura era, então, oficial. “Estou colocando o meu nome, a
decisão oficial é amanhã [quarta]. Se eu vim para uma reunião da bancada
do PMDB, eu tenho que colocar o meu interesse de pleitear a presidência
da Câmara”, afirmou.
Sobre as ações na Justiça que tentam barrar a sua candidatura, Maia
voltou a dizer que não há proibição clara quando se trata de
"mandato-tampão".
“Não há vedação clara, vedação objetiva, em relação ao mandato suplementar”, ressaltou.
Com 64 deputados, o PMDB é a maior bancada na Câmara e deverá anunciar
apoio ao nome de Maia. A decisão deve ser tomada durante a reunião, que
ainda acontecia até as 18h20.
Além do PMDB, outros dez partidos já declararam oficialmente o seu
apoio à reeleição do democrata: PPS, PV, PP, PRB, PSD, PR, PSB, PHS,
PSDB e DEM.
Indagado sobre os votos que espera reunir para se eleger, Maia
desconversou e disse que tem o seu voto e agora iria atrás dos votos dos
demais 512 deputados. Ele afirmou ainda que é possível a formação de um
bloco parlamentar para sua chapa, mas não disse quais são os partidos
que farão parte do bloco.
Ações judiciais
A candidatura de Maia já foi questionada cinco vezes no Supremo, que
ainda não se pronunciou sobre o caso. Veja abaixo cada uma:
- Pedido do Solidariedade para barrar eventual reeleição de Maia;
- Ação movida pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE) para impedir que Maia dispute a reeleição;
- Pedido do deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR) para que Maia não conduza o processo eleitoral;
- Mandado de segurança movido pelos deputados Rogério Rosso (PSD-DF), Júlio Delgado (PSB-MG), Jovair Arantes (PTB-GO) e André Figueiredo (PDT-CE) para impedir Maia de disputar a reeleição.
- Mandado de segurança movido pelo líder do PROS na Câmara, Ronaldo Fonseca (DF), para impedir Maia de disputar reeleição.
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