Empresário será ouvido por policiais e procuradores do MPF que estão à frente da Operação Eficiência. Investigações revelaram pagamento de propina ao ex-governador Sérgio Cabral.
empresário
Eike Batista deixou no início da tarde desta terça-feira (31) a
Penitenciária Bandeira Stampa, no complexo de Gericinó, Zona Oeste do
Rio, em direção à Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá,
onde prestará depoimento sobre as acusações de pagamento de propina a
políticos, reveladas pela Operação Eficiência. Imagens da Globonews
mostraram o empresário de cabeça raspada e com uniforme do sistema
prisional sendo levado para um carro da Polícia Federal. Ele chegou à PF
às 14h45, aos gritos de ladrão de pessoas que estavam na porta da
superintendência da corporação.
Pouco antes, o advogado de Eike, Fernando Martins, chegou à
Superintendência da PF e disse a jornalistas que "a princípio não há
possibilidade" do empresário fazer uma delação (veja no vídeo abaixo).
Enquanto Eike não chegava a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio, curiosos aguardavam a chegada do empresário. Três deles, que se identificaram como artistas de rua, estavam fantasiados dos personagens Thor, Flash e Naruto.
O depoimento de Eike será acompanhado por procuradores do Ministério
Público Federal (MPF). Segundo a Secretaria Estadual de Administração
Penitenciária (Seap), o empresário passou a noite tranquilo e se
alimentou normalmente na manhã desta terça.
Eike Batista foi preso na manhã de segunda-feira (30), no Aeroporto
Internacional, assim que desembarcou de um voo vindo de Nova York. Ele
foi levado para o presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte da
cidade, e em seguida encaminhado para o Bandeira Stampa.
O empresário teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, depois que dois doleiros disseram
que ele pagou propina de US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) ao
ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso desde novembro.
Dois dias antes de a Operação Eficiência ser deflagrada, Eike viajou
para os Estados Unidos, mas afirmou que nunca pretendeu fugir da Justiça
brasileira e que está disposto a colaborar com as autoridades.
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